Monday, July 26, 2010

Que viagem!

Os últimos dias em Cusco foram bons demais para guardar energia, se encher de história e se preparar para o passeio de 4 dias de muita adrenalina no meio da floresta amazônica, nos Andes peruanos, a caminho de Machu Picchu.







Com essa paisagem comecei um passeio de bicicleta maravilhoso pelos andes... as imagens abaixo falam por si só...





Depois desse dia, que foi encerrado com um Rafting em plenos Andes peruanos, descansamos na ciade de Santa Maria e seguimos pela trilha inca até a cidade de Santa Tereza... Essa trilha foi fora de série... Vejam as imagens abaixo (Machu Picchu cada vez mais perto...)










O penúltimo dia de caminhada veio após uma noite e tanto de festa em Santa Tereza. Foi muito bom ver tanta gente de diversos países se divertindo num buraco de rato com pole no meio da pista de dança. A tiazinha peruana era a mais empolgada... Não teve como dormir antes das 4 da manhã...

Às 8:00 já estávamos de pé e caminhando rumo a Águas Calientes... No pé de Machu Picchu. Durante o caminho já foi possível avistar a cidade perdida dos incas e imaginar como seria a subida no dia seguinte. No meio do caminho fizemos uma "tiroleza" e tomamos um banho de cachoeira daqueles! PERFEITO!!!
As imagens abaixo não me deixam mentir... Mágico!








Por fim, após 4 dias de muito companheirismo, paisagens indescritíveis e muito, muito cansaço... =) Cheguei ao paraíso escondido dos incas... Tirem suas conclusões!





Thursday, July 15, 2010

Como o tempo passa rápido...

Nossa, o corpo manda mesmo quando está cansado. Por mais curioso que estivesse, não consegui entrar em nenhuma baladinha aberta. Comi um Mc e voltei para o hostal em seguida... Dormi um monte!

Dia 14
Hoje completo 31 anos. Bom demais. Tirei o dia exclusivamente para mim. Para mim! Fui dar uma passeada pela cidade e não to com a menor pressa de conhecer tudo por aqui. Vou devagar e sempre. Tá sendo muito bom tirar esse tempo livre. Pensar em tudo na minha vida e recarregar a bateria para os próximos anos. Estou amando demais tudo isso.



Bom, logo cedo fiquei impressionado com a hospitalidade dos Peruanos. Um monte de criancinha fez passeata para comemorar o meu aniversário. Fiquei muito lisonjeado. Umas criancinhas muito bonitinhas. Dava vontade de abraçar cada uma. Inclusive a que mijou na frente de todo mundo (os peruanos não perdem essa mania... desde 86 me lembro de algo parecido).



Aproveitei a comemoração em minha homenagem para passear pelas galerias de arte local. Me impressionou um monte o quanto a cultura pré-colombiana ainda influencia os costumes e, principalmente, a moda. E em toda galeria que eu passava tinha ao menos um estúdio de tatuagem. Fiquei admirado com a arte Chavin e todo o seu simbolismo. A trilogia do Condor, do Puma e da Serpente fez muito sentido para mim. Tudo gira em torno do nosso espírito (condor), do nosso corpo (puma) e da nossa sabedoria (serpente), e cada um representa a nossa estadia no céu, na terra e no subterrâneo. As explicações iam cada vez fazendo mais sentido. No entanto, as imagens que me mostravam eram lindas, mas nenhuma chamava a minha atenção. Até que cheguei a um estúdio em que tinha aberto dentre os painéis a figura abaixo. Apaixonei de cara por ela.



Hoje recebi várias mensagens pelo meu aniversário. Sei que todas foram sinceras e gostaria de, e vou, retribuir cada uma com um recado pessoal. Mas uma delas me chamou bastante atenção. Foi a que o meu pai me escreveu. Dizendo que está muito orgulhoso por eu estar fazendo essa viagem e sabe que daqui sairei melhor para servir a humanidade. Ele colocou em palavras tudo aquilo que me angustiava e não sabia como expressar. “SERVIR A HUMANIDADE”. É exatamente isso.
No mais, voltei para o albergue, e dormi. Dormi muito com uma dor infernal. Mas me pareceu que a dor era para me livrar das chagas passadas, para estar limpo e enfrentar o mundo daqui pra frente. Estou revigorado. Viva os meus 31! Viva os meus amigos! Viva os meus amores!


Dia 15
Foi difícil acordar hoje! Sonhei com a faculdade e que alguns bons amigos estavam comigo aqui em Cusco (Gustavera e Túlio). Demorei pra me levantar, mas quando o fiz, já sumiu a preguiça (Xô preguiça! Lembra Dudu?).
Chevere! Passei no Mc pra tomar café da manhã e voltei para o hostal para atualizar o meu diário e costurar na mochila as bandeiras do Peru e de Cuzco. Tá tudo indo muito bem mesmo! Nenhum contratempo. Certamente estou sendo bem guiado pelas mãos divinas.





Agora, por que será que não fico on line enquanto escrevo tudo isso? Porque a internet Peruguaia não me permite. Já pedi pro Paul dar uma olhada e nada. O jeito é dar uma lida no material de cirurgia e descansar um pouco. Talvez às 16:00 vamos jogar bola. Já estou me infiltrando à vida local.
Bom... até mais tarde! =)

Wednesday, July 14, 2010

Mais um dia...


Dia 10 – Saída de Dourados. Foi tudo bem tranqüilo. Deixei o carro na oficina e o cara da oficina me levou para a Rodoviária. O ônibus atrasou um pouco, mas nada que atrapalhe tanto a baldeação em Campo Grande. A viagem foi sussa e na chegada houve uma cena no mínimo engraçada. Um cidadão atendeu o celular e começou a gritar dentro do ônibus: “eu tentei te ligar várias vezes e ninguém atendeu. Daí eu peguei o ônibus de volta pra Campo Grande”. Nisso a gente já tava em Campo Grande. Aí ele repetiu umas trinta vezes essa mesma frase. Todo mundo já tava decorando e o cara não se tocava que tava repetindo. No fim, quem tava irritado começou a achar graça dele ter acordado o ônibus inteiro.
Daí, em Campo Grande, peguei o ônibus para Corumbá logo em seguida. Não fiquei nem uma hora esperando. Foi bem de boa. Recarreguei a bateria do note e do mp3. Tudo ajeitado, entro no ônibus pra Corumbá. Do meu lado vai um figura músico que cumprimentava todo mundo. O cara a todo instante falava algo do tipo: “Vamos fazer um jazz”, “agora é hora de uma serenata”. Sujeito divertido. No mais, apaguei na viagem e li um capítulo do Dostoiévski. Tudo bem suave.
Dia 11
Cheguei em Corumbá logo cedo (6:30) e procurei um ônibus pra ir para a Bolívia. Na parada de ônibus encontrei duas senhoras, a Marta e a Tatiana, que estavam indo também para Puerto Quijarro. Dividimos com Juán (um Boliviano) um táxi. Cada um gastou R$7,00. Uma pechincha. Recomendo a quem for fazer essa viagem, estar aberto a montar grupinhos na hora do transporte. Sai muito mais em conta.
Em Puerto Quijarro fizemos o cambio com uma senhora logo na fronteira (R$1,00=Bol.3,65) e fomos para a estação do famoso trem da morte para garantir nossa passagem. Chegando lá, já perto das 7:00 vimos que só ia abrir o guichê para venda às 9:00 por ser Domingo. O jeito era esperar mesmo. Como eu estava parecendo uma sacoleira, porque a Dourados velha não tem uma loja que venda mochilão, fui procurar nesse tempo na feirinha local alguém que vendesse. Rodei por lá, mas não achei nada. Voltei então para a ferroviária pra comprar a passagem. Depois de mais uma hora de espera, o guichê abriu e foi uma maravilha. Paguei Bol. 127,00 pela passagem até Santa Cruz de La Sierra e o trem Semi-leito sairia apenas as 16:30. Ou seja, chá de cadeira de 7 horas e meia. Então eu, a Marta e a Tatiana fomos até a alfândega para regularizar nossa situação em terras bolivianas. Com RG a entrada é mais suave, porque não temos que carimbar nada dizendo que saímos do Brasil (o que foi o meu caso). Eles apenas encheram o saco com a minha carteirinha de vacinação, que por ser a Branca (NACIONAL) não queriam aceitar, disseram que eu precisava da Verde (INTERNACIONAL) e me orientaram a ir até Corumbá para fazer a troca. Daí a Marta e a Tatiana teriam que passar pelo mesmo inconveniente. Mas aí a atendente lembrou que por ser Domingo, não conseguiríamos. Então ela nos deu a colher de Chá de pegarmos em Santa Cruz a carteira internacional. Resolvido isso, voltamos ao centrinho da cidade (que por sinal é bastante precária) e tomamos uma bela de uma Paceña geladíssima. Valeu cada centavo.

Então levamos a nossa bagagem para o Hostel para não ficarmos andando com ela pra cima e pra baixo (aproveitei pra fazer minha carteirinha de alberguista – US$25,00) e voltamos ao centrinho. Comi um frango agridoce num restaurante chinês por ainda estar com receio da E. coli do viajante. Depois passeamos mais um pouco e o comércio logo fechou. Voltamos perto das 13:30 ao albergue para vermos se podíamos ficar lá um pouco antes de irmos para a ferroviária. O dono não quis liberar, falando que a diária era de Bol. 60,00 e que poderia no máximo dar um desconto referente ao que tinha nos cobrado pelo guarda-volume (Bol. 15,00). As senhoras acharam caro então fomos embora com as malas rumo a ferroviária, onde aguardaríamos por duas horas a chegada do trem. No caminho encontramos um boteco xexelento aberto e ficamos por lá tomando uma Paceña e uma Coca (friazinhas as duas). Durante esse período começou a final da copa. Assistimos o primeiro tempo e fomos para a fila do trem. Fizemos o embarque bem de boa e fomos para os respectivos lugares. Daí pra frente não sei mais o que foi das minhas duas amigas por um dia. Mas valeu a companhia e o suporte um do outro.




No trem, fiquei numa cabine bem bacaninha. Na TV estava passando a final da copa e acompanhei o jogo até o fim, entre chuviscos e interferências na imagem. Mas valeu, a fúria foi campeã e mais uma vez os holandeses viraram freguês. CHUPA!
No trem, a TV fica ligada quase o tempo todo, então fica difícil se concentrar pra ler o que for. Por isso fui dar uma passeada pra conhecê-lo melhor e levei comigo o Dostoiévski. Lá pelo décimo vagão cheguei no vagão da lanchonete. O cheiro não é dos 10 mais agradáveis, mas melhor que o barulho da TV. Sentei, pedi um sanduiche de frango e uma Coca e comecei a ler. Nossa, foi muito bom. Sossego, algumas pessoas passando, vários brasileiros, mais um pouco de brasileiro e os atendentes oferecendo comida o tempo todo. Preferi ficar só no sanduiche mesmo. Depois de vários capítulos bateu aquele soninho. Voltei para o meu lugar e dei uma dormida boa. Acordei lá pelas 22:00 e fui ver se tinha algo pra comer. Pra minha surpresa tudo já tinha acabado no trem. Lamentei e lembrei do pacote de Passa Tempo na mochila... UFA! To salvo. Aproveitei que estava no vagão da lanchonete e fiquei lendo um pouco, agora técnicas cirúrgicas. Decoreba daqueles... Mal comecei a ler, o trem parou numa estação e uma senhora vendendo espetinho apareceu bem nas minhas costas na porta que se abriu. Eita pega! Que sorte! Desci rapidinho e comprei um espeto de carne (nem quero saber a origem) e um de frango que desceram bem. Voltei para o trem e comi enquanto lia e engordurava o material que copiei para estudar. Depois de meia hora, passou o funcionário multitarefas (vende passagem, café, lanche, janta, troca dinheiro, etc...) pedindo para eu ir para a minha poltrona porque as luzes do trem iam ser desligadas. Voltei para o meu lugar e só acordei no outro dia já quase chegando em Santa Cruz.






Dia 12
Em Santa Cruz, me despedi do trem da morte e fui comprar minha passagem para La Paz. A fila estava de boa e optei pela empresa Copacabana por orientação de um Blog que o meu amigo Gustavera me passou. Parece ser boa mesmo. Comprei a passagem (Bol. 170,00) e pedi para eles guardarem a minha bagagem. Essa dica peguei no site e realmente funciona, não sumiu nada das minhas, ainda, sacolas.




Do terminal bimodal fui para a prefeitura para regularizar a minha vacina. Levei todos os documentos e por Bol.1,50 (preço das vans locais) cheguei à prefeitura. Fui atendido em menos de 20 minutos e gastei Bol.60,00 para ficar de boa. Conselho, peçam sempre pela carteira internacional de vacinação (A VERDE!!!). Então, quase R$20,00 mais pobre, tomei uma van para a praça principal. Lá é um lugar bem simples e sem muitos atrativos. Mas pra mim foi ótimo o passeio, pois consegui comprar enfim a minha mochila. Gastei US$85,00, mas valeu cada centavo. Ela era bem o que eu imaginava. De lá voltei para o terminal bimodal de VAN e peguei minhas coisas na recepção da empresa TRANS Copacabana EM para colocar tudo numa mochila só. REALMENTE! Valeu cada centavo a mochila nova. Coube tudo e ainda deu pra organizar melhor as coisas. Depois disso e de costurar uma bandeirinha da Bolívia nela, fui tomar um banho no terminal rodoviário mesmo. Nossa, só tomei banho porque tava mesmo muito crítica a situação axilar. Mas não recomendo não. Se bem que acabei usando esse ticket que te dão para tomar banho no portão de embarque. Estranho né? Também achei! Mas se vale, vale! O bom é que tomei meu banho e embarquei. Mas quem não for tomar banho, recomendo comprar por Bol. 3,00 o ticket de embarque. Sem ele você não entra mesmo no terminal de embarque. Depois do banho fui para o guichê da TRANS Copacabana e deixei a minha mochila nova (tenho de batizá-la logo) e fui almoçar enfim. Já eram 14:00 e o ônibus sairia as 15:00. Comi um picho (tipo o xixo gaucho – Bol.15,00) e voltei para o terminal. As 15:00 o ônibus sai em direção a La Paz. A viagem até aqui está bem boa. Tirando um mala que reclamou do cheiro do banheiro (sim, estou mais uma vez na ultima poltrona sentado do lado de alguém fedido) e o responsável pelo ônibus me coloca uma porcaria de um negócio super tóxico fedendo diesel pra resolver. Que merda que esse idiota fez. Já faz umas três horas que tá esse cheiro entoxicante aqui do meu lado! Vontade de matar um! Mas apesar disso, to tendo tempo pra muita reflexão e pensamento. O ônibus chacoalha um monte, mas o frio ainda não chegou. Parece que a viagem a seguir é que começa a esfriar. Bom, eu estou preparado. Chego amanhã às 6:30 e devo seguir para Copacabana já às 7:00. Espero conseguir chegar dia 14 a Cuzco. Tomara!




Dia 13
Cheguei logo cedo a La Paz. Me impressionou o FRIO! Nossa, como esfriou na madrugada. Tive de vestir todas as roupas que havia levado comigo no ônibus, e usar a mantinha da empresa de ônibus. A chegada programada para as 6:30 aconteceu às 7:30. Perdi as esperanças de seguir para Copacabana ainda pela manhã. Peguei minha mala e dei uma passeada pela rodoviária. De repente, vi um cartaz na empresa Continente Internacional que havia um ônibus direto para Puno saindo às 8:30, e chegando lá por volta das 14:00. Achei ótimo e quando fui comprar disse que ia para Cuzco. Qual não foi a minha surpresa, o mesmo ônibus seguiria para Cuzco e chegaria lá às 19:00. Fiquei muito contente! Certamente passaria o meu aniversário em Machu Picchu! Comprei a passagem (Bol. 100,00) e fui tomar café da manhã numa lanchonete da rodoviária! Tava bom o pão com carne e ovo. Comprei um par de luvas e segui para o embarque. Dessa vez não teve desculpa, tive de pagar a taxa de Bol. 2,00 para embarcar e segui para Cuzco.





Na divisa com o Peru, somos obrigados a descer do ônibus e carimbar a saída da Bolívia e a entrada no Peru. Não se deve esquecer de fazer uma cópia do boleto de permanência na Bolívia, pois a aduana peruana exige. Por 50 centavos se tira essa fotocópia do outro lado da rua da aduana boliviana. Aí, basta caminhar uns 300 metros, atravessar uma ponte sobre o lago Titicaca e pronto, mais uma fila para pegar o carimbo de entrada no Peru. Na fila fica um monte de criança pedindo pra preencher a sua folha de entrada em troca de uma gorjeta. Aceitei a ajuda mas sem tirar da minha mão o meu documento de identidade. Realmente o menino não demorou nem dois minutos na tarefa e quando fui pagá-lo dei uma moeda de 50 centavos para ele, imaginando que o seu trabalho era menor do que o da máquina de Xerox. E não é que o moleque olhou pra moeda e me devolveu. Disse que por aquilo era melhor não receber nada. Fiquei ofendido, mas achei graça. Viagem com dinheiro contado, qualquer 50 centavos vale!
O resto da viagem foi só de belas paisagens e filmes estilo sessão da tarde no ônibus. Comi os lanchinhos que eles servem e adiantei um pouco da leitura dos Irmãos Karamazovi e da apostila de técnicas cirúrgicas. Tá difícil decorar tanto instrumento.
Às 8:15 cheguei na rodoviária de Cuzco. Sem pedir informação, fui seguindo o fluxo de pessoas que saiam da rodoviária. Acabei chegando a uma rua onde perguntei a uma moça como fazia para chegar à Plaza de Armas (principal daqui da cidade). Ela me perguntou se eu ia de ônibus ou de taxi, aí percebi que estava longe demais pra ir a pé. Disse que preferia de ônibus e ela me orientou a caminhar até uma avenida principal a uns dois quarteirões pra cima. Cheguei nessa avenida e perguntei para um grupo de garis qual o ônibus que deveria tomar para chegar à praça. Eles me disseram que valeria a pena pegar um taxi porque seriam só 2 Lucas. Não entendi nada. Pra mim era Soles a moeda daqui. Aí me explicaram que Lucas é um apelido para a moeda local, como Mangos (ou manos se for o Pedro quem tiver falando) no Brasil. Terminei de falar com os garis e ao atravessar a rua já parou um taxi oferecendo ajuda por Sol.3. Disse que me informaram que não sairia por mais de 2 Lucas e então ele me disse que faria por Sol.2,50. Aceitei, com a ressalva de que ele me levaria num bom hostel e barato. Não deu outra! Aqui estou num Hostal bem bacana, num quarto para quatro pessoas e com internet wireless. O problema é que esse wireless tá mais pra Paraguaio do que pra Peruano. Funciona pero no mucho!
Bom, agora vou sair pra explorar a cidade! ;) SUERTE!!!!

Saturday, July 10, 2010

Véspera de viagem!

Estou muito ansioso com a expectativa de fazer minha primeira viagem só
Não posso considerar as outras que fiz sozinho tanto quanto esta
Porque não era a mesma pessoa então
Hoje estou mais do que preparado para fazer esse passeio
Que servirá de prévia para várias outras
Sozinho ou acompanhado
Apesar de querer fazer essa viagem acompanhado
Estou muito feliz de poder fazê-la sozinho
Vou dedicar duas semanas a mim mesmo e às novidades
Às novas amizades
E ao mundo!
Quero ver muita paisagem
E muito de mim em tudo isso
Quero me sentir parte do povo
E o povo parte de mim
Vou jogar fora expectativas obsoletas
E me renovar de mim mesmo... acho que estou de saco cheio do velho Tiago!

Vamos lá... Que venham as pessoas, as paisagens, os bichos... o mundo!

Lá vai uma música para alguém especial!

Esquadros
Adriana Calcanhotto

Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!

Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção
No que meu irmão ouve
E como uma segunda pele
Um calo, uma casca
Uma cápsula protetora
Ai, Eu quero chegar antes
Prá sinalizar
O estar de cada coisa
Filtrar seus graus...

Eu ando pelo mundo
Divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome
Nos meninos que têm fome...

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...

Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm
Para quê?
As crianças correm
Para onde?
Transito entre dois lados
De um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo
Me mostro
Eu canto para quem?

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...

Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...

Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...