Tudo o que mais quero nessa vida...

... é que não me falte amor.
Todo o resto depende apenas de mim
A capacidade de tornar possível sonhos inimagináveis
O receber uma crítica e melhorar
O erro que machuca mas ensina
A capacidade de aprender
E de ensinar
Quanto mais eu errar
Mais eu vivi
Quanto mais eu amar
Mais eu aprendi

AMEI TRÊS VEZES NESSA VIDA
E QUERO AMAR MUITO MAIS...
ATÉ QUE A TERRA ME CONSUMA!

Enquanto a terra estiver por baixo
Seguem-se os dias e os momentos de decisão
Onde todo o futuro será escrito
Não faltarão desafios
Sobrarão oportunidades
Sobrarão dúvidas
E sempre (SEMPRE) faltará tempo

A vida é curta demais
E curta demais a vida
E curta a vida demais

VAI RAUL! OURO DE TOLO!

"Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada cheia de dentes
Esperando a morte chegar..."

Bom, é hora de voltar para a sínfise manúbrio-esternal
Benvindos ao meu futuro!
Benvindos a Dourados!
Benvindos meus futuros e antigos amores...

Começou!

Apesar de tudo... Cadê as aulas?

Já começou o ano letivo
Como era de se esperar, a primeira semana foi dedicada à integração da turma
Contudo, nada de aula!
Apesar de termos tido uma aula hoje,
A grade de horário não existe
Mas acho que esse é o menor dos males
O curso não tem coordenador
Vamos reclamar com quem? Com o bispo?
Se médico está sendo excomungado por bispos, imagina calouro de medicina!
Talvez o jeito mesmo é invadir a BR!
Queimar pneu e andar com faixas dizendo:
"Queremos AULA" e "JUSTIÇA" (essa última só pra manter a tradição)!
Nesse clima desorganizado começo o curso de medicina
Que, segundo a tradição, é um dos mais nobres
Imagina como estão as aulas no curso de secretariado executivo bilingue
Melhor isso do que um AVC!
No mais, estamos convivendo isoladamente nas pequenas ilhas de relacionamento
A semana de integração funcionou, mas as panelas já se formaram
Definir os grupos da turma por afinidade ou por carona
Auxiliam a manter a segregação natural
Mas vai ter ainda muito churrasco para diminuir essas diferenças
Esse filme eu já vi e não será a décima turma de medicina que mudará isso
Bom... Vamos continuar os próximos 6 anos tentando melhorar o curso
Se não conseguirmos fazer nada, pelo menos aqui está o desabafo!

VAI BRASIL! Chacota!

VIVA O SALGADO PARAGUAIO!

Dourados... lá vêm mais 6 anos pela frente!

Cidade pacata e sem grandes ambições
Povo educado e hospitaleiro
Falta do que fazer
Muito o que pensar
Finalmente senti que o que estou fazendo vai ser difícil
Conviver diariamente com pessoas de faixa etária muito menor que a minha
Será bastante complexo mas interessante
Crescemos com as diferenças
Nos tornamos criativos em situações que fogem ao nosso comodismo
Mas nunca deixei de fazer bons amigos por onde passei
Aqui não será diferente
Talvez precise mudar de dentista
E assim me forçar a ficar mais tempo aqui
Longe, de tão longe se torna perto pra mim
E saudade para as pessoas queridas
Agora, o perto se torna presente e futuro
Será uma ótima fase, mesmo difícil
O bom, é saber que do chão não passo
E no chão já estive
Reclamem da vida! Eu a vivo!
Acordar de bom humor deveria ser uma obrigação a todos
TODOS!
Respeito muito o luto e o aprendizado com o sofrimento
Mas sofrimento constante é doença
Mas quem sabe o doente somos nós, felizes
Parafraseando Caetano Veloso
"Respeito muito minhas lágrimas
Mas ainda mais minha risada"
NOVAMENTE! Amo a vida! E por isso trabalharei para ela!
Sigo a economia heterodoxa! Adoro Marx!
Odeio a escola de Chicago! Odeio o espírito capitalista Weberiano!
Sou socialista por convicção e anarquista por emoção
Acredito na família e sinto falta da minha
Acredito nos amigos e sinto falta deles

Nem tudo são flores!

Esse ano esperei como nunca o sagrado Carnaval. Via de regra, era uma das datas mais divertidas do ano. Sempre acompanhado de pessoas maravilhosas que representam muito para mim. Mas não sei o que houve. "Está tudo assim, tão diferente" (Renato Russo).

Acho que o pra sempre, definitivamente, sempre acaba. As pessoas eram as mesmas, mas alguma coisa estava diferente. Não foi o mesmo carnaval dos outros anos. Talvez porque nesse houvesse apenas um solteiro (eu) e, por isso mesmo, talvez essa seja uma visão particular. Mas de fato, o carnaval desse ano passou rápido e não foi marcante.

Apesar do incansável esforço do Marcota em orgnizar e deixar tudo impecável. Apesar da presença sempre constante do Levon, do Múcio, do Fernandão e do Segatto. Apesar de tudo ter dado certo com as compras graças ao Flavião. Apesar do Led ter comandado a churrasqueira de forma maestral. Apesar do Fred ter trazido sua seleção de músicas off-country. Apesar do Chico ter trazido novas músicas Country. Apesar do Didi ter trazido toda a família e perdido a chave do carro e voltado de táxi para Curitiba. Apesar da mulherada ter comandado os jantares. Apesar das minhas brincadeiras e fantasia de 7-pele-capial-de-sunga. Apesar da participação de alguma visita, que nesse caso foi o meu grande amigo Dudu. Apesar de tudo isso (que se repete ano após ano). ALGO MUDOU.

Acho que essa minha volta aos tempos de universitário já está criando em mim outro tipo de expectativa e tolerância. Se disser que não me diverti, estarei mentindo. Se disser que foi o melhor carnaval da minha vida (e tinha tudo para sê-lo), idem. Talvez o excesso de expectativa tenha gerado essa frustração encarnada que agora sinto. Mas valeu. Mesmo com tudo, esse carnaval foi ótimo. Não tenho do que reclamar.

De volta à vida real, estou com baixas expectativas quanto a Dourados. Talvez assim me surpreenda com a cidade que me acolherá durante os próximos 6 anos. Polissíndetos abusados no texto, mas à parte. Talvez quem tenha mudado seja eu.

De fato, um homem não se banha no mesmo rio duas vezes.

Medicina! Estamos juntos para o resto da vida a partir de agora.